Não é novidade que a robustez da indústria metalúrgica seja relacionada ao desenvolvimento econômico de um país. Afinal, o setor abriga importantes segmentos produtivos e contribui para a construção de infraestrutura e a produção de equipamentos de outros setores da economia.
A atividade metalúrgica, portanto, é um dos segmentos mais energeticamente ativos da indústria. Em outras palavras, esse é um segmento que consome muita, mas muita energia! 😲
Esse consumo pode ser influenciado por diversos fatores, incluindo a rota tecnológica, os processos utilizados, o tipo e qualidade dos materiais e o mix de produtos produzidos.
Muitas empresas que participam do complexo de produção da metalurgia (como siderúrgicas, por exemplo), ainda enfrentam desafios para diminuir os gastos com energia em suas estratégias. Aqui neste texto, você vai entender quais são as alternativas mais aderentes às necessidades dessa indústria a partir de um relatório publicado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia.
Para acessar o relatório completo, clique aqui.
O Brasil possui vantagens comparativas evidentes na indústria siderúrgica em relação à maioria dos países, principalmente por possuir uma das maiores reservas de minério de ferro de boa qualidade do mundo.
A indústria siderúrgica brasileira é grande consumidora de energia e materiais, e responsável por um volume significativo de efluentes gasosos, líquidos e resíduos sólidos, o que a induz a buscar processos mais eficientes e a reciclar produtos e subprodutos.
Os principais mercados para produtos siderúrgicos estão ligados à indústria automobilística, construção civil, manufatura de bens de capital, materiais de transporte, bens de consumo duráveis e infraestrutura.
Para empresas metalúrgicas de médio e grande porte conectadas em média ou alta tensão, a migração para o Mercado Livre de Energia (MLE) representa uma das estratégias mais eficazes de redução de custos.
Nesse ambiente, a empresa pode negociar diretamente com fornecedores, escolhendo contratos mais vantajosos e previsíveis, além de optar por fontes renováveis, reduzindo custos e emissões.
Com a abertura total do mercado para consumidores do grupo A desde 2024, a adesão ao MLE se tornou mais acessível, exigindo basicamente adequações técnicas e planejamento estratégico. Essa mudança proporciona maior controle sobre o consumo e pode representar uma vantagem competitiva relevante no setor.
Para pequenas indústrias conectadas em baixa tensão, a energia por assinatura pode ser uma alternativa mais prática e econômica. Por meio desse modelo, a empresa adquire créditos de energia gerados por usinas solares remotas, compensando o consumo na conta de luz sem necessidade de instalar painéis no local.
A adesão é simples, sem investimento inicial, e pode gerar economias de até 20% ao mês, além de contribuir para metas de uso mais responsável dos recursos naturais.
Essa alternativa é especialmente útil para empresas com faturas a partir de R$ 1 mil, que buscam previsibilidade e redução de custos sem a complexidade do Mercado Livre.
Algumas empresas do setor produzem o seu aço a partir de sucata, reduzindo o consumo de energia e as emissões de CO₂.
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